A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada disponibiliza online, no próximo dia 18 de maio, pelas 9h00, a exposição Cerâmica da Lagoa: indústria e identidade. Comissariada pela Dra. Lia Gomes, técnica superior de Biblioteca e Documentação, a exposição faz parte do plano de atividades desta Instituição para 2020 e enquadra-se nas comemorações do Dia Internacional dos Museus.

Esta iniciativa tem como ponto de partida a questão sobre a forma como é percecionada a indústria da cerâmica vidrada, ainda em laboração no concelho da Lagoa na ilha de São Miguel. Com a participação de profissionais ligados direta ou indiretamente à cerâmica, das ilhas e do continente, e sobre vários suportes, iremos dar a conhecer algumas perspetivas do mesmo objeto. Num exercício de multidisciplinaridade pretende-se validar o impacto desta pequena indústria tradicional na cultura e imaginário açorianos. O estudo do caso da fábrica de cerâmica da Lagoa na ilha de São Miguel permitiu reunir para esta exposição uma série de documentos, iconografia e objetos representativos da temática abordada, essencialmente provenientes dos fundos da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, mas igualmente de outros espólios institucionais e privados, designadamente, do Museu Carlos Machado e da Fábrica de Cerâmica Vieira.

O propósito desta exposição é dar a conhecer a origem e o primeiro movimento de cerâmica industrial vidrada presente na ilha de São Miguel mediante um conjunto de suportes que se encontram um pouco por toda a ilha assim como no imaginário açoriano. De forma sintética, pretende igualmente dar a conhecer os protagonistas desta indústria já tornada tradicional, e a sua atitude empreendedora face às inovações técnicas e artísticas produzidas desde o final do século XIX.
O trabalho de síntese enriquecido com a colaboração de conteúdos científicos e artísticos sobre a cerâmica da Lagoa, possibilita apresentar a presente iniciativa na plataforma expositiva digital em https://expoceramicavieira.omeka.net/

De forma inovadora, a exposição em formato digital terá uma componente dinâmica e verdadeiramente participativa através da possibilidade de colaboração permanente dos utilizadores, mediante o envio de dados, fotografias, desenhos ou textos. Deste modo promove-se uma verdadeira interação na construção da memória coletiva sobre esta temática enriquecendo o conteúdo expositivo desta iniciativa.