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Marquês de Jácome Correia (1882 – 1937)

Foi 2º Conde e 1º Marquês de Jácome Correia, Aires Jácome Correia, filho do 1º Conde deste título, Pedro Jácome Correia e de D. Libânia Amélia Ferreira. Nasceu a 9 de Agosto de 1882 e foi grande proprietário, sucedendo nos vastos domínios de sua casa, e adido à embaixada de Portugal em Londres.

Casou com D. Joana Chaves Cymbron Borges de Sousa, filha do Dr. Augusto Cymbron Borges de Sousa e de D. Mariana Chaves. Deste casamento nasceram duas filhas, em 1919 nascia D. Margarida Vitória e 11 meses mais tarde nascia D. Josefa Gabriela.

Ficou conhecido o Marquês como grande filantropo, nomeadamente pelos seus frequentes actos de grande benemerência, aliás á semelhança de seu pai.

Em 1901, aquando da visita oficial aos Açores do rei D. Carlos e a rainha D. Amélia, acolheu-os em sua casa, tendo, para tal, efetuado várias obras de beneficiação da mesma.

Ficou Aires Jácome Correia conhecido por ter publicado vários estudos históricos sobre a ilha de S. Miguel.

Viria a falecer, em Genebra, na Suíça, aos 24 dias do mês de Outubro do ano de 1937.

A Livraria Marquês de Jácome Correia foi constituída à custa da sua filantropia. A oferta monetária de 50 escudos mensais entre setembro de 1914 e março de 1920, num total de 3273$88 (três mil duzentos e setenta e três escudos e oitenta e oito centavos) permitiu a aquisição de cerca de 2500 títulos, cujos assuntos ficaram à escolha do então diretor da Biblioteca Pública, Alexandre de Sousa Alvim (1897-1927), sendo a literatura a classe mais favorecida, atingindo 2/3 de toda a aquisição.

Alexandre Alvim, em ofício de agradecimento, de 18 de março de 1920, dirigido ao Marquês de Jácome Correia refere que teve o cuidado de adquirir livros encadernados, não só por uma questão de estética, mas também por uma questão de preservação, pois com diz ”…as brochuras até na própria estante se estragam…” e, segundo o mesmo “Apesar da modéstia das encadernações, provoca aquele belo agrupamento uma sensação de sobre modo agradável a quem tem olhos de ver”.

Como forma de dignificar a generosidade do Marquês, estes livros ficaram, na altura, em estantes próprias, encimadas com o nome do ilustre benemérito.

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