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Dia Mundial do Livro

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada para celebrar o Dia Mundial do Livro apresenta, de 19 a 22 de abril, um conjunto de iniciativas dinamizadas pela mediadora e contadora Bru Junça, destinadas a públicos com diferentes faixas etárias.

A 19 e 20 de abril, das 18h30 às 21h30, terá lugar a Formação “À Boca do Berço” que se destina a educadores, professores, bibliotecários, pais e aos edificadores da palavra.

As Sessões de Contos “Lá vai uma, Lá vão duas” realizam-se de 19 a 21 de abril, pelas 10h00 e 13h30, destinando-se ao público escolar dos 3 aos 6 anos; 1º, 2º, 3º ciclos e secundário. Também, no dia 21 pelas 15h00 realizar-se-á uma sessão destinada ao público sénior.

No dia 21 de abril, pelas 21h00, oferece-se um Serão de Contos com Bru Junça dedicado ao público adulto e com entrada livre.

Para fechar o périplo pelo livro temos a 22 de abril, pelas 15h30, a Sessão de Contos “Há mar e mar, há ir e contar” destinada às famílias com crianças acima dos 3 anos, e com um máximo de 40 participantes.

A participação nas atividades é precedida de inscrição dirigida a [email protected]

 

Programação

FORMAÇÃO “À Boca do Berço” – Sala de Projeção Coletiva

 

19 e 20 de abril | 18h30 às 21h30 | Educadores, Professores, Bibliotecários, Pais e Edificadores de Palavras | por inscrição até 14 de abril (máx. 30 participantes)

 

À Boca do Berço existe uma biblioteca. Imensa. De viva-voz. É no colo de quem nos traz ao mundo que encontramos os primeiros textos que alimentam a relação. É por esse vasto património da tradição oral que, vive pela boca e mora na memória, se aprende a nomear. Aquilo que nos rodeia e a nós próprios. Os primeiros textos imprimem a cultura de onde nasce e criam um vínculo afetivo à palavra, pela voz de quem nos conta. Saber desta biblioteca é saber da raiz. Lê-la é mantê-la viva, para além de nós.

Intenção da Oficina

– Explorar a importância, nos primeiros anos de vida, do vasto património da tradição oral portuguesa em diversos tipos de texto: canções de embalar, lengalengas, trava-línguas, canções, ensalmos, orações e etc…

– Estabelecer pontes entre textos da tradição oral portuguesa e textos da literatura para crianças.

 

SESSÕES DE CONTOS “Lá vai uma, Lá vão duas” (60 min.) – Sala de Jantar

 

19 de abril | 10h00 e 13h30 | 3 aos 6 anos | por inscrição (1 turma por sessão)

20 de abril | 10h00 e 13h30 | 1º e 2º Ciclos | por inscrição (1 turma por sessão)

21 de abril | 10h00 | 3º Ciclo e Secundário | por inscrição (1 turma por sessão)

21 de abril | 15h00 | Seniores | por inscrição (máx. 30 participantes)

 

Entre ler e contar, cantar e recontar, as histórias vão fazendo o seu caminho. Vão com quem as escuta. Ficam com quem as lê e conta.

 

SERÃO DE CONTOS com Bru Junça (cerca de 90 min.) – Sala de Jantar

 

21 abril | 21h00 | Adultos (maiores de 16 anos) | Entrada Livre

 

SESSÃO DE CONTOS “Há mar e mar, há ir e contar” (60 min.)

 

22 de abril | 15h30 | Famílias | por inscrição (máx. 40 participantes – crianças maiores de 3 anos)

 

“Trago livros nas pontas dos dedos como quem desfolha a vida e escreve os dias por acontecer. É no traço que desenho o encontro com o outro. Guardo histórias atrás da orelha e é na palavra que, sempre, desagua o abraço de um conto redondo, redondinho como um novelo.”

 

Nota Biográfica de Bru Junça (Maria Margarida Cardoso Galvão Junça)

«Nasci em Évora num domingo e talvez, por isso, seja dada ao vagar. Vivi na rua onde morou Florbela Espanca. Gosto da côdea do pão acabado de cozer. A minha casa ficava por cima da minha primeira escola. Rua abaixo, rua acima fui apre(e)ndendo o mundo. Aprendi matemática na mercearia do Sr. Ângelo.

Percebi que o caminho dói quando o Sr. Moreira me punha meias solas nos sapatos, gastos pela brincadeira. Aprendi a escutar, ouvindo as estórias da vizinhança contadas pela D. Vicência e pela D. Victória. Tive um grilo e dois canários. Aprendi o cuidar e o dizer adeus. O cheiro a café devolve-me a casa. São os pássaros que acordam a manhã à minha janela. Quis ser professora. Aos 18 anos Lisboa foi-me demasiado barulhenta. Formei-me na Universidade de Évora. Continuo a enviar postais, escritos à mão. Numa cozinha aprendi a contar grãos. Contar o tempo. Contar a vida. Acareio tudo quanto é memória. Não vivo sem livros. Sou mediadora de leitura. Conto histórias. Viajo muito ao redor de mim nas viagens que faço pelo mundo. Tenho mãos inquietas. Faço livros de pano e pastéis de nata. Tenho o vício dos livros antigos. O lume de chão é-me companhia onde a Palavra é encontro com o mundo e com o outro. A palavra une, desembaraça e abraça.»

Detalhes

Início:
19 Abril, 2023
Fim:
22 Abril, 2023
Categoria de Evento: