Skip

Instante entre estantes “O Esplendor do Caos” de Eduardo Lourenço

Diante da vastíssima obra ensaística de Eduardo Lourenço, os analistas dos seus livros fazem coro ao perguntar: onde podemos situar “O Esplendor do Caos”? Doze pequenos textos compõe as 125 páginas deste que é considerado um caso singular na produção do filósofo: não é uma obra de história da cultura, não é ensaísmo literário, não é filosofia em sentido escrito, não é comentário político, nem reflexão estética ou crítica das artes plásticas. O “Esplendor do Caos” é um livro que visita de maneira crítica temas sociais e políticos, o papel da televisão, a atual cultura de urgência e de sobrevivência americana e o triunfo do hedonismo.
Os doze textos que formam o corpo deste livro foram retirados das intervenções em colóquios de comunicações, em congressos e em artigos publicados nos jornais, porém devem ser lidos como um ensaio cinematográfico e televisivo do mundo já que, mais do que convocar obras literárias, Lourenço dialoga neste livro com personagens e mitos imaginários de Hollywood.
No dia primeiro de dezembro deste ano, como que para coroar um período de perdas e mudanças radicais, o filósofo Eduardo Lourenço deixou-nos para entrar definitivamente no panteão dos Deuses do Pensamento. Evocar o seu livro mais emblemático é manter vivo e pulsante o coração deste homem que é singular e insubstituível. Viva Eduardo Lourenço!
Advertência: Para ler “O Esplendor do Caos” tente responder à seguinte pergunta: quem governa realmente o seu inconsciente?
O livro “O Esplendor do Caos” está disponível para empréstimo na nossa Biblioteca.