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Instante entre estantes “A morte e a morte de Quincas Berro D’Água” de Jorge Amado

“Assim é o mundo, povoado de céticos e negativistas, amarrados, como bois na canga, à ordem e à lei, aos procedimentos habituais, ao papel selado.“

“Curió”, “Negro Pastinha”, “Cabo Martim” e “Pé-de-Vento” são os amigos de Quincas Berro D’água encarregados de cumprir a última vontade do morto, a revelia da família do falecido. O mar, único reduto possível para os espíritos indomáveis, é o personagem que permeia toda a narrativa de “A morte e a morte de Quincas Berro D’Água” e divide o livro em duas faces distintas, a ordem estabelecida e o universo da desordem de quem rejeita a lógica perversa da sociedade.

Jorge Amado, o senhor absoluto da Bahia de todos os Santos, leva-nos por bares típicos, ladeiras preguiçosas, gentes e costumes de São Salvador dos anos 50, numa aventura fantástica escrita no melhor estilo da tradição satírica menipeia.

As circunstâncias que levam o pacato funcionário público Joaquim Soares da Cunha a largar a família e tudo o que havia construído para entregar-se ao mundo do vício e da esbórnia são tão misteriosas quanto as circunstâncias de sua morte e o leitor vai deliciar-se ao descobri-las.

Advertência:
Antes de ler “A morte e a morte de Quincas Berro D’Água” escute atentamente o som do vento a sacudir as folhas das palmeiras, em dia de tempestade.

O livro “A morte e a morte de Quincas Berro D’Água” está disponível para empréstimo na nossa Biblioteca.