“E de fato é verdade: há de reparar como entre nós, os que não somos sonhadores, ao primeiro olhar tudo perece frio, árido e hostil, como se tudo fosse mal e inimigo…” Coitados”!, pensa o meu sonhador.”
Uma jovem, Nástienka, vive atada por um alfinete à saia da sua avó cega, ao lado da sua criada surda, numa representação magistral da solidão humana. Vê no jovem inquilino que acaba de chegar a sua casa a chance de escapar para uma vida menos triste. No dia em que o misterioso homem deixa a casa, promete que voltará depois de um ano para casar-se com ela.
Noite Branca é um fenómeno comum em todo o leste europeu, o sol não se põe por completo e as noites permanecem claras, o que causa uma atmosfera de sonho. Dostoiévski parte dessa atmosfera para contar uma história de amor e abandono.
Escrito pouco antes da prisão de Dostoiévski, o romance é considerado a mais romântica obra do autor. Narrado na primeira pessoa, com uma cidade (São Petersburgo) como personagem, a história passa-se em quatro noites e uma manhã e quem nos conta é “O Sonhador”.
Fiédor Dostoiévski é considerado o “fundador do existencialismo”, um dos maiores nomes da literatura russa e da literatura mundial. Um autor incontornável para todo verdadeiro amante da leitura.
Advertência:
Antes de ler “Noites brancas” reflita: se fosse preciso escolher entre um grande amor e uma grande amizade, qual seria a escolha?
O livro “Noites brancas” está disponível para empréstimo na nossa Biblioteca.