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Instante entre estantes “A Mancha Humana” de Phillip Roth

Num livro essencialmente trágico – como são algumas vidas – Phillip Roth conta-nos a história do professor Coleman Silk, que depois de atingir o auge na sua carreira académica como reitor de uma universidade americana, cai num abismo de perdas irreparáveis por causa de uma declaração infeliz durante uma aula. Acompanhado de perto pelo amigo escritor Zuckerman, Coleman é confrontado pelo seu passado, presente e futuro, criando um cenário dramático que permite a Roth explorar a natureza humana e suas contradições através dos personagens que habitam a vida do professor Silk.
Considerado um dos mais importantes autores americanos, ao lado de William Faulkner é uma referência como escritor de romances. Várias vezes premiado, detentor do Prémio Pulitzer de Ficção e do National Book Award, entre outros, Roth é um exímio contador de histórias e um excelente observador da natureza humana, atributos que fazem dele um autor obrigatório para quem gosta de boas histórias e personagens com profundidade.
Apesar de ser considerado como a terceira parte da chamada “Trilogia Americana”, “A Mancha Humana” é o pináculo, não apenas diante dos outros dois livros, mas até mesmo da obra deste autor instigante. Roth tinha 70 anos quando escreveu esta maravilha de livro e a idade neste caso fez toda a diferença. Numa determinada passagem do livro o autor aconselha-nos a ouvir a Sinfonia nº 3 de Mahler enquanto acompanhamos a cena que ele descreve. Naquele momento a leitura atinge o patamar do sublime e leitor e autor comungam da mesma melodia.
Advertência:
Antes de ler “A Mancha Humana” tenha plena consciência de que nenhum ser humano passa incólume pela vida.
O Livro “A Mancha Humana” está disponível para empréstimos na nossa Biblioteca.