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Instante entre estantes – “Marlene D.” de Marlene Dietrich

Cento e vinte anos depois do seu nascimento, Marlene Dietrich ainda é considerada a “Mona Lisa” do cinema mundial. Carismática, sedutora, independente, reservada quanto à sua intimidade, é um dos símbolos sexuais mais elegantes do século XX. No entanto, deve também ser lembrada pelo tempo dedicado a reunir as suas memórias, que nos dão a conhecer uma alma generosa e inquieta.
Marie Magdalene Dietrich nasceu em Berlim, em 1901. Desde muito cedo revela uma personalidade forte, capaz de tomar decisões maduras e destemidas. Com apenas 11 anos resolve, por conta própria, unir os seus dois nomes próprios e formar o nome “Marlene”. Na adolescência interessa-se pelo teatro e a poesia e aprende a tocar violino. Porém, o seu sonho de se tornar violinista de orquestra é destruído por uma lesão no pulso. Opta então por cantar, atuando em espetáculos de cabaré, onde vem a ser descoberta por um realizador de cinema norte-americano.
Nesta autobiografia, vemos Dietrich protagonizar um papel na história bem mais importante do que o da estrela de cinema mais bem paga, da sua época, em Hollywood, o de resistente ao regime nazi. No auge de seu sucesso, aos 38 anos, Hitler convida-a a regressar à Alemanha, a sua pátria, para protagonizar filmes de propaganda ao 3º Reich. Marlene, não só declina veementemente a oferta, como regressa aos Estados Unidos da América e pede a cidadania americana.
Marlene Dietrich assume-se como uma artista contra o autoritarismo, realizando espetáculos para as tropas norte americanas, destacadas na linha da frente da II Guerra Mundial, interpretando um repertório de canções antinazistas, que abalam as fronteiras do conflito. Sem dúvida, uma mulher à frente do seu tempo.
Antes de ler Marlene D. lembre-se da importância de tomar uma posição clara, sempre que os direitos civis estejam ameaçados.
O livro Marlene D. está disponível para empréstimo na nossa Biblioteca.